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terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Scott Pilgrim vs. o mundo" - 2010

Até então eu nunca tinha ouvido falar de Scott Pilgrim, cujo universo é inspirado em mangás, videogames e música pop. Ao saber que o diretor Edgar Wright estava dirigindo a adaptação para o cinema dos quadrinhos, passei a procurar mais sobre ela.
A estória é a seguinte: Depois que sofre uma desilusão amorosa, Scott Pilgrim não consegue mais se envolver com ninguém até que conhece Ramona, uma moça independente e que muda de cor de cabelo como quem troca de roupa. O problema é que para conquista-la ele vai ter de enfrentar a liga dos 7 ex-namorados demoníacos.

A escolha dos atores foi correta e todos se assemelham bem as personagens do papel. Michael Cera até que sai um pouco do típico papel de jovem desajeitado que ele costuma fazer, surpreendendo em cenas de lutas. Ainda sobre o elenco, uma curiosidade é o papel do melhor amigo gay de Scott, Wallace Wells, interpretado por Kieran Culkin, irmão de Macaulay. Outro aspecto interessante são as referências musicais. O criador de Scott Pilgrim, Bryan Lee O’Malley, fez um quadrinho notadamente pop, começando pelo nome do heroi, inspirado numa canção da desconhecida banda Plumtree - Scott pode ser visto usando a camiseta deles em algumas cenas. Espertamente, Wright chama Beck e o produtor Nigel Godrich - Radiohead, Paul MacCartney - para cuidar da trilha sonora, com canções que vão de Metric, passando por Black Francis, Rolling Stones e Broken social scene. Fora as canções das fictícias bandas Sex bob-omb e Crash and the boys, dando forma aquilo que estava apenas na imaginação de quem leu as revistas.
Sabendo que em quase toda adaptação sempre há algumas mudanças na estória e para não arriscar a me decepcionar com o filme, preferi assisti-lo primeiro do que ler. A impressão é a de estarmos vendo uma adaptação de um game e não de uma HQ, de tão ágil e nervosa que é seu ritmo; fator que as vezes atrapalha o desenvolvimento de algumas situações e suas personagens. Apesar de tudo, este é seguramente o filme mais divertido do ano. Um pequeno clássico geek!


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